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segunda-feira, 14 de março de 2011

Capital em Curitibanos?


Já considerou a hipótese de Florianópolis não ser mais a capital? Esta é a proposta de um grupo que pretende iniciar a discussão sobre a transferência da Capital para o centro do Estado.

A Comissão Pró-transferência da Capital surgiu a partir das discussões de um grupo que, há cerca de dois anos, se reúne para debater o assunto. Segundo os integrantes, o fato de o poder político catarinense estar em Florianópolis é um dos principais motivos do fenômeno da litoralização. A maior parte dos investimentos se concentraria próximo à Capital.

O presidente da comissão, Edenir Silva, considera “inconcebível” um cidadão ter que percorrer até 700 quilômetros para chegar à Capital, seja para resolver questões burocráticas ou para receber atendimento de Saúde. Por isso, segundo ele, o grupo defende a transferência para o eixo compreendido entre as cidades de Lages, Correia Pinto, Ponte Alta e Curitibanos, o que permitiria a todos ficar a mesma distância da capital.

Além disso, a avaliação do movimento é que Florianópolis está próxima da inviabilidade urbana.

– Temos um estudo que mostra que, nos próximos anos, terão que ser investidos cerca de R$ 15 bilhões para viabilizar Florianópolis como capital. Já se fala em quarta ponte, túnel aquático, quinta ponte. É um saco sem fundo – critica.

O grupo quer eleger uma “bancada centralista” em 2014. Aos deputados comprometidos com a causa caberia fazer os encaminhamentos legais para um plebiscito sobre a mudança.

A ideia é desenvolver uma estratégia para evitar os erros cometidos no início da década de 1990, quando o assunto foi discutido pela primeira vez. Segundo o deputado federal Onofre Agostini (DEM), a Constituição de 1989 tinha um artigo que previa a realização de um plebiscito para consultar a população sobre a mudança da capital.

– Na época, como deputado estadual, fiz uma lei para regulamentar este artigo, mas o então deputado Sérgio Grando apresentou uma lei contra a proposta. A votação terminou empatada em 16 a 16 e o presidente, na época o deputado Pedro Bittencourt Neto, votou contra, arquivando o projeto – lembra Agostini.

– Florianópolis é uma bela cidade, mas, infelizmente, usada de forma irresponsável. Tem vocação natural para explorar o turismo, e viver com mais qualidade de vida sem a burocracia da administração pública.

Você já refletiu sobre as dificuldades e os gastos dos municípios do extremo-oeste catarinense, para se deslocarem a capital do estado?

O movimento em hipótese alguma luta contra Florianópolis, mas sim, a favor do restante do estado. Seria a verdadeira descentralização, bandeira do governo passado.

Como este movimento vem ganhando a simpatia de muita gente, até pela racionalidade do projeto, a "DEMOCRÁTICA IMPRENSA CATARINENSE",  como Diário, Santa, A Notícia, RBS, entre outras, ( todas de um mesmo grupo, e de Florianópolis ) já mostram sua preocupação, alegando que existem deficiências emergenciais a serem sanadas primeiro. E o longo prazo? Um Estado como o nosso, não merece um planejamento de futuro? Com nosso país e nosso estado em acelerado crescimento da economia, quanto tempo a Ilha ainda suportará? Ser capital do estado é a vocação natural de Florianópolis? Os outros municípios, continuarão eternamente tendo que percorrer centenas de quilômetros para acessar a capital? A "montanha" de dinheiro que precisará ser investida para viabilizar a mobilidade em  Florianópolis, não superará, e em muito, o valor que seria usado para a construção de um novo centro administrativo?

E você, o que pensa?

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